E lá se foram 2 semanas de acontecimentos! Tantos encontros, reencontros, despedidas, risadas, choros.... até sangue teve e eu vou contar uma pequena parte aqui.
Vocês que me acompanham desde o começo, devem se lembrar que meu relacionamento com o locker da escola já não tinha começado muito bem. Se já não ia bem, depois de dois meses de convivência azedou de vez! Logo após uma tranqüila aula de “cakes”, ele irritou-se de vez e tentou comer meu dedo. Foi um acidente inexplicável de média gravidade. Fui parar no hospital, sangrei e chorei. Mas já sarei. Meu dedo indicador continua inteiro, apenas parte da minha unha foi-se. Vão-se as unhas, ficam os dedos. Ou qualquer coisa assim. Já passou. E eu já tenho um novo locker, com o qual pretendo ficar até o fim.
Apenas 2 dias depois, e no momento que mais estava precisando de colo, recebi visitantes ilustres do Brasil. E a minha semana de Thanksgiving (o importante feriado de ação de graças) foi uma delícia doce. Aproveitei pra fazer muitos passeios turísticos e curtir meu feriado prolongado. Num dos passeios ao Central Park meu convidado ilustre quis conhecer o parque de carruagem. Eu que sou uma eterna defensora dos animais e acho uma sacanagem um cavalo ter que levar um peso daqueles, fui contra. Queria ir de bike-carroça (Aquela espécie de carruagem puxada por um ser humano, o que é muito mais justo na minha opinião). Mas isso dividiria nosso grupo e nós queríamos ficar juntos. Fomos de carruagem. No final do lindo passeio, já íamos embora, quando lembrei que não tínhamos fotografado nosso lindo cavalo que conduziu a carruagem com elegância. Foi aí que levei a segunda mordida em NYC, em menos de uma semana. Sem mais nem menos o cavalo me deu uma abocanhada no braço. Devido às inúmeras camadas de blusas e casacos, o estrago não foi tão grande. Apenas fiquei com um hematoma roxo no braço.
Sinceramente, acho que o cavalo teve razão de me morder. Eu sou contra esses passeios de cavalo e ele me mostrou, de maneira clara, que também é.
E aproveitando a semana de agradecimento (Thanksgiving) agradeço ao nosso condutor de não ter mordido meu dedo, porque isso sim seria um sério problema.
Meus visitantes ilustres já retornaram ao Brasil. Minha querida amiga Cris Areta também rumou para o calor do Nordeste brasileiro. E eles me deixaram aqui com o dedo cicatrizado e com o coração quente, pronta pra enfrentar o inverno que vem por aí.
Um beijão e boa semana a todos.
Maria Amora
Novamente a paisagem vermelho-amarelada do Central Park, dessa vez vista no passeio de carruagem
Mais Central Park
Paisagem no mínimo curiosa antes do desfile de Thanksgiving
Concentração do desfile de Thanksgiving na frente do Correio de NYC.
As cores eram lindas e o traje me lembrava um bolo de casamento.
Escultura em cima de uma caminhonete estacionada na Times Square.
Vocês sabiam que uma faca de sushi pode custar mais de 1.000 dólares??
Japonês samurai afiador da faca de sushi de mais de 1000 dólares.
De onde viemos, no Museu de História Natural. E pra onde vamos?
Não é invenção da ciência... Essa couve-flor é linda assim, naturalmente.
O primeiro bolo que eu confeitei na vida. É um bolo de limão "Vegan"
Tudo depende do ponto de vista, vocês não acham??
sábado, 26 de novembro de 2011
A história de duas mordidas
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sábado, 12 de novembro de 2011
Living Life in peace*
Aqui em NYC o clima continua esfriando, mas minha rotina está bem aquecida.
Faz tempo que venho questionando aquele conceito de que temos que trabalhar muito agora, pra podermos aproveitar lá na frente. Pra mim o ideal é que a vida seja vivida em todos os momentos, principalmente porque nunca podemos ter certeza se ela existirá daqui a 5 minutos.
“You may say I´m a dreamer, But I´m not the only one.”*
Entretanto, às vezes me vejo um pouco contrariada aqui. O motivo é que embora esteja amando o curso, não tem me sobrado tempo pra mais nada...Me dedico cem porcento ao curso agora (trabalho, trabalho e trabalho) pra poder curtir outras coisas que Nova York tem me mostrado daqui a pouco. Mas, de verdade, acho que continuo no caminho em que acredito, com um pouco de modificação. Estou vivendo a vida, e muito, procurando absorver cada pedacinho dessa oportunidade maravilhosa. Mergulhada nas minhas comidinhas saudáveis. O negócio é que aqui tem muita vida pra se viver além disso também, e sempre tem essa sensação de que não estou aproveitando tudo... Tenha paciência Maria Amora...! paciência e paciência.
Bom, isso foi um desabafo de uma pessoa cheia de possibilidades. Mesmo. E um pouco de filosofia dividida com os amigos brasileiros que me lêem.
E vamos ao que interessa!!
Nessa semana tivemos uma aula de “Garnishing” ou decoração... Numa parte fizemos coisas elegantes e sérias esculpindo batatas, cenouras, pepinos e frutas pra decoração de pratos. Mas a coisa ficou mesmo interessante na hora que fomos liberados pra fazer o que quiséssemos, sem seguir nenhum roteiro. É legal como nós todos, independente da idade, voltamos à infância nessa hora... E eu consegui materializar uma personagem que me acompanha por toda a vida, e que eu adoro usar quando assino meu nome, informalmente...
E ainda: Não me canso de achar que realmente vale a pena encarar o vento cortante que passa por aqui pra ver essa cidade se vestindo de cores, sons e luzes de Outono... E, dia após dia, essa beleza vai alimentando cada vez mais meus olhos, minha mente e minha alma.
E vamos às fotos e aos trechos da música do John... Tenho quase certeza que muitas das composições dele, as melhores, foram feitas observando o traje de Outono da cidade.
Um beijão a todos!
Maria Amora
* Trechos da música “Imagine” de John Lennon
A minha simpática cobrinha construída de pepino cenoura e pimentão
Pássaros, peixinhos criados pelos colegas da classe
Uma tribo selvagem feita de legumes e frutas
O senhor tomate, em traje de gala
Imagine There´s no heaven
It´s easy if you try
Imagine there´s no countries
It isn´t hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Faça comida e não guerra! Colaboração do simpático garçom do restaurante "Boom", em Manhattan
Tradução de Imagine:
Imagine que não há paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje
Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que lutar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só
Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de humana
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo
Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo viverá como um só
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sábado, 5 de novembro de 2011
Guerra aos Jalapeños!!
Eu, que nunca gostei de filme de horror, nunca quis ir às noites do terror do Playcenter, não gosto de assistir o jornal do Datena, decidi também que não gosto de Halloween. No sábado até curti uma festa de Halloween devidamente fantasiada, mas depois de ter escutado gracinhas de monstros ensangüentados a noite toda, eu decidi que queria vida normal, não queria mais saber do assunto e já tinha visto o suficiente.
Mais ainda havia um evento de Halloween. E nesse eu estava bastante interessada:
Uma das Chefs da escola me convidou a ajudá-la numa festa privada que ela faria para 10 crianças. Festa de Halloween. Imediatamente aceitei, já que este é um tipo de trabalho que quero fazer no Brasil. Cheguei ao Queens no horário marcado e a Chef já me esperava. Entrei no apartamento de 80 metros quadrados e era ali mesmo que rolaria a festa e que cozinharíamos. As crianças, todas na faixa de 10-12 anos, cavocavam tranquilamente suas abóboras desenhando aqueles olhos e a boquinha que seriam iluminados mais tarde com uma vela. Só que a festinha de crianças acabou virando uma super festa com a chegada de mais uns 25 adultos. Porque os papais e mamães (e algumas titias) que foram levar os filhos à festa, resolveram ficar... E ficaram mesmo! Aí foi uma loucura, tivemos que triplicar várias receitas e “botar água no feijão”. E foi aí que conheci meu maior inimigo alimentício até agora: O Jalapenñ!! A minha tarefa era era cortar 2 dessas pimentinhas inofensivas (Só 2!) em pequenos quadradinhos de 1/8 de polegadas (é isso que os chefs fazem, mesmo em festa de crianças). Cerca de 10 minutos depois de finalizada a tarefa, meus dedos começaram a queimar. E era uma queimadura que não tinha fim... muito pior do que queimar com fogo. Logo fui diagnosticada pela Chef: Estava tendo um “Chili burn”. “Acontece com algumas pessoas que são sensíveis às pimentas”, ela disse e em seguida me deu a pior informação: “Vai demorar de 6 a 10 horas para parar de queimar, mas passa”.
E assim passei o domingo: Cortava os tomates pra salada = dedos no leite gelado, confeitava uns biscoitinhos = pomada de queimadura por 5 minutinhos, distribuía sanduíches de queijo pra criançada = água gelada nos dedos em seguida, fazia bolinhas de trufa e cobria com castanhas = mais gelo nos dedos. Quando cheguei em casa, às 8 da noite e depois de ter assoprado os dedos o tempo todo no metrô, ainda queimava, e muito!!! Acordei várias vezes durante a noite, com meus dedos queimando. Achei que aquilo nunca ia passar, mas passou. Pela manhã, não havia nenhum vestígio da queimação. Meus dedos ainda estavam pouco vermelhos e sem muita sensibilidade, mas eu sobrevivi. E foi aí que concluí que tudo passa, até “Chili burn” passa.
Se eu ficar mais um Halloween aqui, prometo que vou me fantasiar de Jalapeño! E se eu tivesse um bom inimigo, seria Jalapeño picadinho que eu iria dar pra ele!! E eu que não quero ver esses jalapeños na minha frente, nunca mais!!
Beijos apimentados a todos!
Maria Amora
O meu inimigo Jalapeño! (Esse não é exatamente o que deixou meu domingo "quente", mas foi um dessa mesma espécie!)
Monstro no metrô 1
Monstro no metrô 2
Minha criação na aula de decoração de saladas! O professor achou meio exagerada... mas eu sou da terra do carnaval, não? De qualquer jeito vou tentar ser mais minimalista da próxima vez.... (pelo menos na aula e na prova)!
Close na minha salada exagerada!
Criação número 2... Pena que não tinha um queijinho pra eu dar uma exagerada!
Close da criação número 2.
Mais ainda havia um evento de Halloween. E nesse eu estava bastante interessada:
Uma das Chefs da escola me convidou a ajudá-la numa festa privada que ela faria para 10 crianças. Festa de Halloween. Imediatamente aceitei, já que este é um tipo de trabalho que quero fazer no Brasil. Cheguei ao Queens no horário marcado e a Chef já me esperava. Entrei no apartamento de 80 metros quadrados e era ali mesmo que rolaria a festa e que cozinharíamos. As crianças, todas na faixa de 10-12 anos, cavocavam tranquilamente suas abóboras desenhando aqueles olhos e a boquinha que seriam iluminados mais tarde com uma vela. Só que a festinha de crianças acabou virando uma super festa com a chegada de mais uns 25 adultos. Porque os papais e mamães (e algumas titias) que foram levar os filhos à festa, resolveram ficar... E ficaram mesmo! Aí foi uma loucura, tivemos que triplicar várias receitas e “botar água no feijão”. E foi aí que conheci meu maior inimigo alimentício até agora: O Jalapenñ!! A minha tarefa era era cortar 2 dessas pimentinhas inofensivas (Só 2!) em pequenos quadradinhos de 1/8 de polegadas (é isso que os chefs fazem, mesmo em festa de crianças). Cerca de 10 minutos depois de finalizada a tarefa, meus dedos começaram a queimar. E era uma queimadura que não tinha fim... muito pior do que queimar com fogo. Logo fui diagnosticada pela Chef: Estava tendo um “Chili burn”. “Acontece com algumas pessoas que são sensíveis às pimentas”, ela disse e em seguida me deu a pior informação: “Vai demorar de 6 a 10 horas para parar de queimar, mas passa”.
E assim passei o domingo: Cortava os tomates pra salada = dedos no leite gelado, confeitava uns biscoitinhos = pomada de queimadura por 5 minutinhos, distribuía sanduíches de queijo pra criançada = água gelada nos dedos em seguida, fazia bolinhas de trufa e cobria com castanhas = mais gelo nos dedos. Quando cheguei em casa, às 8 da noite e depois de ter assoprado os dedos o tempo todo no metrô, ainda queimava, e muito!!! Acordei várias vezes durante a noite, com meus dedos queimando. Achei que aquilo nunca ia passar, mas passou. Pela manhã, não havia nenhum vestígio da queimação. Meus dedos ainda estavam pouco vermelhos e sem muita sensibilidade, mas eu sobrevivi. E foi aí que concluí que tudo passa, até “Chili burn” passa.
Se eu ficar mais um Halloween aqui, prometo que vou me fantasiar de Jalapeño! E se eu tivesse um bom inimigo, seria Jalapeño picadinho que eu iria dar pra ele!! E eu que não quero ver esses jalapeños na minha frente, nunca mais!!
Beijos apimentados a todos!
Maria Amora
O meu inimigo Jalapeño! (Esse não é exatamente o que deixou meu domingo "quente", mas foi um dessa mesma espécie!)
Monstro no metrô 1
Monstro no metrô 2
Minha criação na aula de decoração de saladas! O professor achou meio exagerada... mas eu sou da terra do carnaval, não? De qualquer jeito vou tentar ser mais minimalista da próxima vez.... (pelo menos na aula e na prova)!
Close na minha salada exagerada!
Criação número 2... Pena que não tinha um queijinho pra eu dar uma exagerada!
Close da criação número 2.
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