Hoje eu vou tocar num assunto ruim. Eu achei que demoraria um pouco pra falar nele, mas infelizmente ele acelerou na minha direção.
É tarde aqui e eu já deveria ter dormido. Mas por que, em plena véspera de início de aulas, eu estou aqui no computador digitando?
Poderia ser ansiedade. Seria muito humano, já que esperei por 8 anos para vir à NYC fazer este curso.
Outra possibilidade seria o meio litro ingerido às 22:00 de Kambucha, um tipo de chá de gengibre que eu comprei numa lojinha de orgânicos e Yoga aqui do lado (Que parece – descobri um pouco tarde - ser estimulante/energético).
Ainda, um terceiro motivo seria a dor de garganta, que começou depois da super bicicletada do sábado.
Todos esses seriam bons e justificáveis razões para a falta de sono, na minha opinião.
Mas meu sono é pesado, e é muito difícil abalá-lo. Hoje eu tenho um problema de verdade que quero dividir com vocês, mas pra isso preciso voltar um pouco no tempo.
Sempre que pensava em morar em NYC, lembrava-me da possibilidade de ter que lidar sozinha com insetos, baratas e eles, os mais assustadores: Os ratos.
Muito embora eu more sozinha já há bastante tempo, quando qualquer um desses insetos (ratos não estavam envolvidos) me ameaçavam, eu tinha a quem chamar (E meu salvador, quase sempre, era meu irmão que nunca se negou a ajudar-me). Tenho que fazer justiça e homenagear também uma grande amiga, capaz de matar até saruê e ainda minha mãe, que nunca se amedrontou com baratas e nem com ratos.
Em NYC existem ratos. Muitos ratos. Alguns dizem que eles estão em número maior do que os habitantes humanos de Manhattan. Em alguns episódios, eu encontrei com eles em visitas anteriores. Os vi de longe no Metrô, nas ruas... Me apavorei em todas as vezes! Onde estariam as tartarugas ninjas nessa hora?
Porque ratos são assustadores. E quando eles aparecem, até os voluntários matadores de baratas, escafedem-se!
Bem, todo crescimento e evolução requer um tantinho (às vezes um tantão) de sofrimento e de superação. E eu estou aqui, exatamente neste momento, buscando essa superação.
Um pequeno rato visitou meu quarto na noite de hoje. Meu irmão, minha amiga matadora de saruês, minha mãe heroína, nenhum deles estava aqui. Estranhamente, estou feliz, pois o episódio também me fez descobrir a gentileza novayorkina (às vezes rara) e talvez tenha me dado os primeiros amigos aqui na residência.
Fui ajudada.
O rato não morreu porque parece ser mais inteligente que nós todos. Ele também não está mais aqui no quarto e eu já tomei precauções para que não volte mais.
E a vida prossegue.
Beijos e boa noite a todos!
Maria Amora.
M.Amora!! o ideal agora é propor uma trégua com os ratos novaiorquinos!! hehehe,... boa sorte com eles, Bjs
ResponderExcluirJá avisei a eles que estou em missão de paz! O fato de não comer carne talvez me ajude na negociação... Vamos torcer!! rs
ResponderExcluirMaria Amora